Sou indiferente as revoluções permanentes do Ocidente,
As disciplinas da modernidade,
E a insanidade dos civilizados.
Minha pele morena conhece a terra,
Desertos , florestas,
E inumanos saberes
De híbridas existências
Imateriais e concretas.
Nada em mim é suficientemente humano.
Nada que sinto me prende a definições,
Razões ou intenções.
Sou matéria viva de mitos e alucinações,
Instante impreciso de tempo e mundo
Quê não se conforma a qualquer explicação histórica e genética.
A Europa é o pesadelo do peso
De um existir que agoniza
Entre a verdade e a natureza.
A Europa é a vida reduzida
A um vazio que asfixia todo planeta.
A Europa é a doença de uma geografia sem alma,
Desfigurada pela antropologia e a palavra
No pesadelo da pós industrialização.
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