sábado, 16 de maio de 2020

DEVIR E NATUREZA

Indiferente aos dilemas humanos e aos absurdos da civilização,  a natureza segue em devir no mais amplo sentido da vida.  A Terra gira e nada é para sempre no desvalor  absoluto das coisas na imensidão do universo.
Tudo acontece sem qualquer privilégio entre o orgânico e o inorgânico,  o animado e o inanimado, o macro e o micro. A natureza sempre prossegue em sua multiplicidade irredutível a qualquer unidade  na poesia silenciosa da leveza do caos.
Imersos no ilegível da natureza os dilemas humanos pouco importam, não interessam. Não interferem em seu movimento de ser e não ser.
Tudo desaparece em natureza e devir além de qualquer conceito de história, este ridículo artifício humano, demasiadamente moderno e humano.

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