sexta-feira, 23 de agosto de 2019

A FRAGILIDADE DA CULTURA HUMANA


Recuso a busca metafisica pelo atemporal tanto quanto o positivismo dos fatos históricos. Ambas não passam de precárias invenções da imaginação humana. Artifícios de poder consagrados a debil afirmação de um sentido para nossa existência. Como se a existência necessitasse de qualquer justificativa que transcendesse seu mero e superficial imediatismo.Viver se reduz ao exercício convulso de existir, de ser na finitude criador e criatura de seu próprio mundo de percepções e linguagem.

Não há qualquer proposito nisso que seja diferente da finalidade do cair de uma folha do galho de uma árvore. Qualquer resposta diferente disso é afirmação da arrogância, da prepotência, que nos caracteriza como espécie dotada de um excesso de auto percepção.  Todo o sutuoso edifício das civilizações não passam de aratacas no corpo mudo da diversidade das coisas da natureza.

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