Recuso a busca metafisica pelo atemporal tanto quanto
o positivismo dos fatos históricos. Ambas não passam de precárias invenções da
imaginação humana. Artifícios de poder consagrados a debil afirmação de um
sentido para nossa existência. Como se a existência necessitasse de qualquer
justificativa que transcendesse seu mero e superficial imediatismo.Viver se
reduz ao exercício convulso de existir, de ser na finitude criador e criatura
de seu próprio mundo de percepções e linguagem.
Não há qualquer proposito nisso que seja diferente da
finalidade do cair de uma folha do galho de uma árvore. Qualquer resposta
diferente disso é afirmação da arrogância, da prepotência, que nos caracteriza
como espécie dotada de um excesso de auto percepção. Todo o sutuoso edifício das civilizações não
passam de aratacas no corpo mudo da diversidade das coisas da natureza.
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