O automatismo psíquico,
a escrita automática do surrealismo, é um método ainda válido quando a psicanalise
se acomodou a sociedade? A autonomia discursiva e a significação do acaso já não
figuram como estratégias válidas de
invenção de novas sensibilidades. Estamos
hoje muito longe da ingenuidade dos “anos loucos” de 1920.
Mas a loucura
ainda nos seduz contra os manuais de psicologia e a invenção do doente mental.
Ainda há cheiro de caos na avenida principal, ainda há angustias, inadequações
e absurdos frequentando o cotidiano. Ainda brindamos o nonsense, o humor e o
barbarismo estético.
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