A domesticação
da realidade por uma consciência apaziguada é o ideal do pensamento como
manifestação de um instinto, de uma compulsão por segurança, de equilíbrio entre o exterior e o interior do mundo vivido
e concebido como consciência das coisas. Toda cultura é devedora deste impulso
ou necessidade de ordem e certeza.
Tendemos a
reduzir tudo a experiência de uma familiaridade, de um domínio. Fugimos inutilmente do caos através de frágeis
configurações culturais, sistemas de crenças e ordenamentos políticos. Mas no
final das contas, não passamos de escravos dos nossos artifícios de sobrevivência
coletiva, de nossas biotecnologias sociais.
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