A exaltação do sonho como pesadelo é um dos fardos da contemporaneidade. Trata-se do oposto da evasão onírica enquanto estratégia de fuga da realidade. É a transfiguração da própria realidade em sonho que inventa o pesadelo como uma modalidade de problematização do real.
O diurno é um labirinto de contradições que se opõe as nossas idealizações em torno daquilo que "deveria ser". O significado se desencontra do significante desfazendo a realidade do vivido, opondo a linguagem ao próprio dizer.
O pesadelo é o mundo revelado à consciência como absurdo cotidianamente compartilhado.
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