A perversão é sinônimo de excesso,
de desmedida, em nossa cultura supostamente racionalista e simpática a regra e
a moderação.
Neste contexto, perversão pode
ser tomada como uma transfiguração das idealizações coletivas, como uma recusa dos comportamento social e das praticas
correntes em uma dada cultura. Assim, a perversão é a desconsideração da
virtude.
Mas também podemos considerar a
perversão articulada com a ideia de
transgressão, redimensionando assim seu significado. Desta forma, ela deixa de
ser apenas uma “infração valorativa” para se tornar uma contestação de dadas
verdades ou conjunto de princípios arbitrariamente estabelecidos.
Perversão, portanto, é ruptura.
Como tal, não lhe é inerente um caráter negativo, mas subversivo. Cada sociedade merece as perversões que a
corroem.
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