sábado, 5 de dezembro de 2015

SOBRE O MUNDO ATUAL

Faz alguns anos aprendi a não viver de certezas,
A não respirar ideias perfeitas
Nem cultivar vaidades
Contra o absurdo da existência.

Aprendi a viver de mortes periódicas
E ocasos de razão provisória.
Convivo serenamente com meus vazios,
Com minhas angustias e silêncios de vida.

Fui reduzido ao desafio da mera sobrevivência diária
Em um mundo que já não tem ouvidos,
No qual muito pouco vale a pena.


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