Do ponto de vista de nossa
cotidiana “consciência das coisas” imaginamos um mundo “organizado” e
socialmente construído pela racionalidade de nossas intenções, um mundo onde o
princípio do dualismo entre causa e efeito encadeia acontecimentos inteligíveis
e plenos de significado.
Escapa, assim, ao senso comum qualquer possibilidade de
brindar o acaso e reconhecer nele o diabólico arquiteto de nossas trajetórias
humanas.
Mesmo quando os desígnios divinos
já não são mais concebíveis razoavelmente como uma explicação aceitável para
nosso destino, ainda não somos capazes de admitir o quanto a vida não passa de
um aleatório jogo de dados.
Ainda precisamos de respostas e
explicações que mantenham o poder decisório de nossas escolhas e atos como
fator determinante de nosso destino.
Ainda somos imaturos demais para
aceitar o simples fato de que qualquer padrão atribuído aos fenômenos é tão
somente uma construção humana.
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