quinta-feira, 21 de março de 2024

DESCOLONIZANDO A REVOLTA

Não ouso impor aos outros
as verdades dos meus delírios
ou as vontades que tenho
de mudar o mundo.
Afasto de mim o perigo
de querer colonizar corpos e consciências
impondo a todos o meu caminho.

Jamais sucumbirei a tal autoritarismo.
Não importa a sedução das palavras de ordem
ou a embriaguez das convicções.

As coisas mudam pelas próprias coisas
independente do meu arbítrio
ou da mentira de algum universalismo absolutista.

A revolta só se torna de muitos
quando sem ser de ninguém
organiza a raiva de todos.

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