quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

TEMPOS DE FADA

TEMPOS DE FADA

 Sinto saudades daquele que eu costumava ser. 
Nos bons tempos em que o mundo
 era maior do que minhas angustias, 
nos dias claros onde era elementar saber o encanto das coisas vividas como se fossem sonhadas. 

 Sinto saudades da época ingênua em que meu eu cabia no vazio de algumas rotinas,
 e era possível alimentar a pueril fantasia 
 de que era para mim que o sol brilhava 
 e a lua inventava madrugadas.

 Pouco importava a realidade. 
 O mundo era meu brinquedo
e só existiam de fato as coisas que a gente intensamente imaginava ou  sonhava. 

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