sábado, 20 de novembro de 2021

VIDA SELVAGEM

Tenho a calma dos animais selvagens
que vagam livres pela paisagem,
mas guardo nos olhos a raiva das tempestades.

Sou bicho ferido,
não acredito em livre arbitrio.
Sigo movido pela lei do desejo,
como um corpo utópico e sem orgãos reinventado pela necessidade. 

Minha liberdade é a realidade do instinto,
a intuição do finito no movente da fome de precipícios.


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