Quero que a terra que me viu nascer,
seja sempre coberta de bicho e de mato,
indiferente a cidade podre de gente e modernidades.
Minha terra cultiva a cidadania das árvores.
Que não lhe firam
bandeiras de Estados e Reis.
Que ela permaneça livre dos séculos e da história,
um território selvagem e sem lei,
por onde passeiem deuses antigos
e os mortos governam os vivos.
Quero que a terra que me viu nascer
preserve meu corpo inerte
no jardim das almas
onde os pássaros descansam do céu.
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