segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

O ENIGMA DO SILÊNCIO

O ENIGMA DO SILÊNCIO

Há mais dizível no meu falar torto
Do que no vazio
Do falar morto que define todos
Na audiência triste das digitais polifonias dedicadas aos outros,
As falsas alegrias,
Que me matam aos poucos.

Toda palavra é um silêncio
Que guarda um sentido
Em segredo,
Que inventa vida
Dentro das letras nuas
Na vertigem de abismos,
Multiversos, contra ordem
E delírios que me reduziu
A sabedoria bruta do veneno
E do esquecimento.

Nenhuma ordem existe
Ou persiste.
Tudo morre
E o dito quase não tem sentido.




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