quarta-feira, 19 de setembro de 2018

DES SIGNIFICAÇÃO



Existe um ponto incerto onde não mais me reconheço em minha identidade cotidiana, onde a consciência se torna experiência impessoal de mundo mediante um estranhamento do eu, de toda pratica discursiva.

Neste ponto não há mais qualquer identidade entre significante e significado ou entre a singularidade do individuo e senso de pessoalidade. Há apenas um desconforto, uma nadificação, que produz saciedade e melancolia.  Não há mais a vivência de um significado. Tudo me parece vão, improdutivo e sem importância. Não há mais desejo envolvido no ato de dizer, de sofrer o discurso. Tudo parece, então, uma questão de "quase ser"...




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