O desconhecimento e a ignorância
são grandes virtudes. Afinal, são o que nos impedem de sucumbir ao entendimento
como domínio abstrato de experiência de algum “enunciado-verdade” que pretenda reduzir
o mundo aos seus termos. O não-saber ou o “estar a margem de” nos afasta do
feitiço da convicção, da sedução de um
significado totalizante. Aquilo que nos escapa ao entendimento sempre nos
defronta com a multiplicidade dos significados como uma espécie de lado de fora
do entendimento, ou, ainda, um antídoto a toda forma de dogmatismo.
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