quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

CORPO E VIDA



O corpo se faz mais visível quando sentimos alguma dor, quando nos surpreendemos fisicamente limitados. Na maior parte do tempo simplesmente ignoramos que somos um corpo. Nos identificamos com o que pensamos e sentimos e não com o corpo que demasiadamente somos enquanto organismo vivo. Isso se explica em parte pelo dualismo alma/corpo  que tanta influência teve sobre o desenvolvimento do pensamento ocidental.


Reconhecer-se como um corpo sugere um relacionamento mais sensual com a realidade objetiva fundado na busca de satisfação permanente de nossas necessidades mais elementares. O prazer do corpo, neste sentido, não se relaciona com os protocolos de uma vida saudável, tal como formulado pelo discurso da medicina preventiva. Remete ao desfrute sensualista. Glutões sabem mais sobre isso do que os frequentadores de academias.

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