O corpo se faz
mais visível quando sentimos alguma dor, quando nos surpreendemos fisicamente limitados.
Na maior parte do tempo simplesmente ignoramos que somos um corpo. Nos
identificamos com o que pensamos e sentimos e não com o corpo que
demasiadamente somos enquanto organismo vivo. Isso se explica em parte pelo
dualismo alma/corpo que tanta influência
teve sobre o desenvolvimento do pensamento ocidental.
Reconhecer-se
como um corpo sugere um relacionamento mais sensual com a realidade objetiva
fundado na busca de satisfação permanente de nossas necessidades mais
elementares. O prazer do corpo, neste sentido, não se relaciona com os
protocolos de uma vida saudável, tal como formulado pelo discurso da medicina
preventiva. Remete ao desfrute sensualista. Glutões sabem mais sobre isso do
que os frequentadores de academias.
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