domingo, 1 de março de 2015

O ABSURDO DO COTIDIANO


Esta noite estive pensando no silêncio de um quarto de hotel barato, o quanto não tenho lugar nesta sociedade de pessoas  vazias ou fraturadas., onde ninguém tem algo realmente a dizer. A existência se reduziu a um ato enfadonho, mecânico, onde até mesmo o lazer e o ócio são moldados pelo artificialismo.

Não importa se você trepa, vai ao cinema ou a um bar. Você faz tudo igual a todo mundo, age como se não tivesse um rosto. Nos tornamos todos tragicamente iguais.... E os poucos que se atrevem a tentar nadar na contra corrente da busca da autenticidade, estão predestinados ao sofrimento e ao isolamento.

Talvez enlouquecer tenha se tornado a única saída.... Mas quem disse que as pessoas  que circulam livres e reconhecidas por ai como “normais” apresentam alguma coerência ou serena racionalidade ? Estão mais próximas da mansa loucura do que de qualquer outra coisa.
 

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