Esta noite estive pensando no
silêncio de um quarto de hotel barato, o quanto não tenho lugar nesta sociedade
de pessoas vazias ou fraturadas., onde
ninguém tem algo realmente a dizer. A existência se reduziu a um ato enfadonho,
mecânico, onde até mesmo o lazer e o ócio são moldados pelo artificialismo.
Não importa se você trepa, vai ao
cinema ou a um bar. Você faz tudo igual a todo mundo, age como se não tivesse
um rosto. Nos tornamos todos tragicamente iguais.... E os poucos que se atrevem
a tentar nadar na contra corrente da busca da autenticidade, estão
predestinados ao sofrimento e ao isolamento.
Talvez enlouquecer tenha se
tornado a única saída.... Mas quem disse que as pessoas que circulam livres e reconhecidas por ai
como “normais” apresentam alguma coerência ou serena racionalidade ? Estão mais
próximas da mansa loucura do que de qualquer outra coisa.
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