Não existe qualquer coisa que podemos chamar de “autonomia
do pensamento” ou da consciência. Pois,
mesmos os nossos mais autênticos sonhos, vontades e definições pessoais de
nossa individuada condição humana, estão sujeitos a compulsões biológicas e estímulos exteriores.
Não somos livres de nossas vontades, o próprio pensamento
encarna uma vontade cega que o realiza e transcende.
Obscura, indeterminada e abstrata, assim é a racionalidade e
teleologia que define nosso intelecto .
Podemos explicar nossas opiniões. Mas jamais justifica-las apenas a partir
delas mesmas.
Ao contrário dos demais animais que habitam a terra, não
somos sinceros com nós mesmos. O grande
paradoxo da condição humana encontra-se nisso: somos ao mesmo tempo
espectadores e atores no grande teatro de nossas vidas.
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