segunda-feira, 10 de junho de 2013

O FIM DO CAMINHO

Vazios de nós mesmos em desaparecimento de mundo, tocamos o chão como se os pés fossem de  chumbo.
Cada passo era um ato heroico no caminho sem rumo de nossos destinos quebrados.
O chão já não sustentava o esforço de nosso existência. Sedia ao peso de nosso discreto desespero e luta pela sobrevivência.
Para onde íamos? Se quer questionávamos. Nos limitávamos ao esforço do próximo passo sem tempo para pensar ou sentir qualquer coisa.
Seguir em frente era tudo que nos animava enquanto nossas sombras caiam despedaçadas ao por do sol.
Prosseguir, até o limite de ir adiante, até a falência do pensamento e sentimento das coisas.
A fronteira entre o cotidiano e o insólito dos fatos parecia próxima, ha um breve salto na escuridão. Que ilusão. Quanto mais nos aproximávamos dela mais distante ela se tornava como uma enigmática miragem.
Nada anunciava o fim quando ele se exibia diante de nós.

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