segunda-feira, 21 de março de 2011

SOBRE NOVAS TECNOLOGIAS DIGITAIS E EDUCAÇÃO: APONTAMENTOS

É um lugar comum no blábláblá hoje em voga entre a maioria dos pais e pedagogos de plantão, a critica ao modo como a maioria dos jovens se apropriam das novas tecnologias digitais no cotidiano.
Não duvido do quanto a internet , vídeos games e similares digitais, desafiam cada vez mais os padrões e saberes “pré contemporâneos”, se assim podemos rotular o conjunto de praticas e valores que definem a cultura até o momento ainda convencional dos que posuem menos de trinta anos.
O mundo contemporâneo, entretanto, parece estar forjando um novo tipo de consciência coletiva e de representação do real que se funda na pluralidade, no hibrido, no indeterminado e no efêmero;  uma nova cultura que desafia aquela velha racionalidade de inspiração iluminista que animou a cultura pós industrial do sec. XIX e inicio do sec.XX.
Um elemento desta critica, pode-se dizer, conservadora à influência das novas tecnologias digitais sobre a nova cultura juvenil , é a exagerada  preocupação com a  aparente incapacidade dos jovens plugados para   concentrarem-se em um objetivo ou atividade, “funcionar” de modo linear.
Particularmente, considero tal capacidade para fazer e lidar com diferentes atividades e tarefas ao mesmo tempo, uma competência imprescindível em um mundo cada vez mais fluido e dinâmico onde todas as referências concretas podem se desfazem no ar a qualquer momento.  
Poderia dizer qualquer coisa parecida com relação aos dialetos e a subjetivização radical da linguagem que estes mesmos  jovens, cada vez mais habituados a representação pctórica das coisas, andam construindo  em seu dia .

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