sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

UM BOM TEXTO SOBRE HEAVY METAL E CULTURA SOCIAL



HEAVY METAL E ATITUDE
O heavy metal, diferente de outros movimentos, como o hip-hop e o punk, não possui qualquer embasamento político ou social. Na verdade, o heavy metal não apresenta características de um verdadeiro movimento, ele se justifica em sua própria essência – o heavy metal enquanto estilo musical.

É em torno da música que os metaleiros se unem e se reúnem. Ela está presente em quase tudo, desde as conversas com os amigos aos sonhos de ser um verdadeiro rock star, já que tamanha paixão pelo heavy metal acaba despertando, quase que inevitavelmente, o interesse pelo aprendizado de algum instrumento tocado em uma banda do estilo.

Mas será então que a atitude heavy metal está restrita tão somente no interesse musical que ele desperta? O que dizer das roupas pretas, dos acessórios, das tatuagens, do cabelo comprido etc? É certo que tais adornos não são utilizados por todos aqueles que gostam do estilo e que, de certa forma, fazem um pouco parte do estereótipo do metaleiro mas, no final das contas, é mais um jeito de demonstrar o gosto pelo heavy metal para as outras pessoas.

Algumas vezes, justamente em razão dessa “aparência” de metaleiro, agressiva para certas pessoas, acabamos por despertar preconceitos contra o heavy metal. Somos tachados de drogados, baderneiros, satanistas e outros adjetivos piores. Porém, há o outro lado do preconceito – o preconceito dos metaleiros com “aparência” de metaleiro em relação aos que não possuem esta aparência ou estilo. Muitas vezes, estes últimos são considerados “playboys” ou “pagodeiros” pelos primeiros porque não têm cabelo comprido ou usam terno e gravata.

Diga-se de passagem, existem metaleiros de terno e gravata que são muito mais metaleiros do que outros exemplares com cabelo na cintura, roupa preta e tatuagem.

Heavy metal é, antes de tudo, liberdade. É um estilo musical livre das amarras mercadológicas do mercado fonográfico. Esse tipo de preconceito, descabido e voltado à estereotipagem não condiz, absolutamente, com a boa atitude dos amantes do metal verdadeiro.

E o que poderíamos dizer sobre aquele tipo de pessoa que só tenta, a todo momento, se afirmar como um verdadeiro metaleiro, dizendo que só querem “banguear” e curtir um som, como se isso fosse a razão e a justificativa para tudo na vida? Estes são o pior tipo, com certeza. Usam sua máscara de metaleiros “autênticos” para escapar de seus problemas e responsabilidades e são suficientemente bitolados para ignorar a existência de outras músicas de qualidade que não sejam heavy metal.

Para que tenhamos uma atitude verdadeira e saudável, devemos esquecer os rótulos, preconceitos e estereótipos, valorizar a boa música, independente de estilos e, sobretudo, “apoiar o metal nacional”, pois só valorizando o que é nosso e fortalecendo o underground conseguiremos formar as bases para que o heavy metal nunca deixe de ser a força poderosa que ele é.



O texto foi retirado do site
www.heavymetalbrasil.com.br, e não possui identificação de autor

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