de procurar respostas,
de querer saber, dizer,
explicar e controlar os processos e fatos que definem o mundo,
deixei para traz o peso de algumas poucas certezas
e a vã vaidade dos meus caprichos e vontades.
Afinal, além das percepções de um ego iludido,
sou só um corpo
feito de carne, água e osso,
que cria raízes,
mas sempre se despede
e se perde
de todas as coisas.
Sou apenas um corpo
nômade e sem alma
envelhecendo
na paisagem aberta
e quase infinita de toda matéria.
Com o passar dos anos
a gente aprende a vive
nas inércias do istante
despido de todo amanhã.
A gente se acostuma a ser
em um lugar qualquer
destinado a desaparecer
do mapa da vida,
a viver como um ponto na curvatura de um círculo
ou o aleatório de um risco esquecido nas margens de uma folha em branco.
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