quinta-feira, 25 de abril de 2024

ELOGIO AOS REVOLTADOS E INSURGENTES

Não compartilho do sentimento obtuso dos justos,
virtuosos e mansos
que se curvam a autoridade,
 aos rigores da ordem vigente
e a demagogia dos privilegiados.

Estou entre os explorados,
os revoltados, insurgentes e insubordinados
que desafiam a Lei e o Estado.

Sou destes famélicos e deserdados
que nada tem a perder
e não mais suportam o peso
da miséria de um mundo
profundamente injusto, 
bruto e elitista
que nos condena
a uma morte lenta.

No corpo carrego o diabo
e prego a deposição 
do absoluto déspota platônico 
que promete aos ingênuos 
um reino totalitário
em  algum outro mundo
onde há de nos impor
os rigores do seu inferno.
 
Nada é impossível 
a revolta mais sincera.
Prefiro ser livre entre os 
que passam fome
do que servir aos ricos e abastardos.

Pois um dia seremos redimidos
pela revolução de todos os de baixo
contra a opulência dos palácios.

A revolta é a mãe negra
das mais profundas
e sempre necessárias  mudanças.

Só a revolta liberta.



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