de um amanhã impossível
e naveguei a deriva pelo oceano de um delírio
até o deserto da realidade?
Tudo que é intenso acorda um vazio.
E este vazio é o que nos preenche o ser,
é o que nos embreaga de identidades e destinos,
Até o limite de quase viver.
Cada um de nós é o esboço
de alguém
que poderia ser,
não fosse a prisão da verdade,
e a necessidade que nos oprime o querer.
No fundo somos escravos dos nossos habitos,
indígnos do abismo que nossos pés procuram sonâmbulos
pelos labirintos do cotidiano.
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