Não há vaidade mais cretina do que orgulhar-se de uma verdade.
Apenas intelectos doentes são seduzidos pela vontade de certeza, de domínio pleno da realidade.
Somente os carentes de aplausos ou escravos de aprovação social acham que podem através de qualquer narrativa ou ginástica verbal esclarecer os equívocos do senso comum. Tomam a si mesmos como arautos do que dever ser.
Fazem pose de teólogos para oferecer o prazer da verdade, do bom esclarecimento. No fundo apenas fogem ao peso de sua ilustrada ignorância.
São estes tolos que servem aos fantasmas da razão e das luzes. Tenho por eles um misto de asco e de pena.
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