Precisamos nos libertar de vez da
vontade de verdade, desta compulsiva mania de saber ,que nos inventa sempre a realidade
de forma mais realista do que a própria vida. Inspirando-nos, ainda, em
Nietzsche, precisamos superar a metafisica dos valores, estabelecer de modo
definitivo a genealogia de todas as verdades e sepulta-las de uma vez por todas!
O velho ideal de um “mundo
verdade” não para de ser questionado pela virtude do falso que nos ensina todas
as artes. Afinal, o não verdadeiro é um artificio contra as artimanhas do
pensamento e seu febril “platonismo”. Mesmo que todo otimismo cientifico e
disciplinar diga o contrário.
É preciso que a estética e não a consciência erudita afirme a existência hedonista como o mais salutar remédio contra os males e sisudez do espírito.
É preciso que a estética e não a consciência erudita afirme a existência hedonista como o mais salutar remédio contra os males e sisudez do espírito.
O enrijecimento das praticas de
vida através do conformismo acrítico a juízos e comportamentos miméticos /normativos,
adoecem o intelecto, o reduzem ao fanatismo da deusa razão, elevando-a sobre
todos os mitos da representação e do objetivismo oco. A sedução dos enunciados
fáceis nos reduzem a “sujeitos assujeitados”, pobres diabos entorpecidos pela
solenidade das gramaticas e das mais abstratas representações mundo.
Mas o que somos além de
inventores de ilusões, sem a meta natureza das elucubrações estéticas da boa
ficção? Não passamos de animais dotados de imaginação que sabem o riso como a
mais elevada expressão da filosofia.
Toda realidade é um exercício de
linguagem onde nos debruçamos atônicos sobre o ser das palavras!
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