quinta-feira, 16 de novembro de 2017

PELA LIBERDADE DE IMAGINAÇÃO

Precisamos nos libertar de vez da vontade de verdade, desta compulsiva mania de saber ,que nos inventa sempre a realidade de forma mais realista do que a própria vida. Inspirando-nos, ainda, em Nietzsche, precisamos superar a metafisica dos valores, estabelecer de modo definitivo a genealogia de todas as verdades e sepulta-las de uma vez por todas!

O velho ideal de um “mundo verdade” não para de ser questionado pela virtude do falso que nos ensina todas as artes. Afinal, o não verdadeiro é um artificio contra as artimanhas do pensamento e seu febril “platonismo”. Mesmo que todo otimismo cientifico e disciplinar diga o contrário. 

É preciso que a estética e não a consciência erudita afirme a existência hedonista como o mais salutar remédio contra os males e sisudez do espírito.

O enrijecimento das praticas de vida através do conformismo acrítico a juízos e comportamentos miméticos /normativos, adoecem o intelecto, o reduzem ao fanatismo da deusa razão, elevando-a sobre todos os mitos da representação e do objetivismo oco. A sedução dos enunciados fáceis nos reduzem a “sujeitos assujeitados”, pobres diabos entorpecidos pela solenidade das gramaticas e das mais abstratas representações mundo.

Mas o que somos além de inventores de ilusões, sem a meta natureza das elucubrações estéticas da boa ficção? Não passamos de animais dotados de imaginação que sabem o riso como a mais elevada expressão da filosofia.

Toda realidade é um exercício de linguagem onde nos debruçamos atônicos sobre o ser das palavras!

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