Tento escapar a linealidade cronológica, impor absurdos ao mais simples
dia a dia, até o ponto em que a experiência do real se torne vertigem.
Viver é efêmero e instável, por mais que o cotidianamente vivido sugira
o contrário. Por isso é saudável, as vezes, perder todas as referências.
A embriagues torna-se, então, um estado de espirito, uma
forma de apreender o mundo através da concreta experiência do não sentido de
todas as coisas.
Como suportar a existência sem cultivar algumas estratégias de evasão?
Talvez o futuro possível de nossa sociedade ocidental dependa da construção de
formas mais concretas e eficazes de esquecimento do mundo, de afirmação da
realidade como um ato cada vez mais livre de imaginação.
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