Um cachorro magro e sarnento
Agonizava no passeio público.
Toda ajuda que recebia
Era o olhar compassivo
De alguns passantes
Enquanto afogava-se
Em sua agonia.
Sua única companhia
Era aquela terrível dor
Que o consumia,
Que o fazia uivar
E tremer
Até o limite de existir.
Não havia para ele
O tempo, a rua
Ou qualquer outra coisa.
Tudo era aquele sofrer,
Aquele doer
Sem explicação ou nome...
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