terça-feira, 11 de setembro de 2012

A INFÃNCIA COMO PLENITUDE DA EXPERIÊNCIA HUMANA


Convencionalmente pensamos a tragetória biológica de uma vida humana de modo linear e evolutivo, representando os primeiros anos atribuídos à infância, como um período de “formação” cujo apogeu e plenitude realiza-se na chamada fase “adulta” e encontra seu derradeiro desdobramento na “velhice”.
Esta centralidade da vida no falso ideal de “adulto” e seus papeis e lugares socioculturais, parece-me contrariar a simples realidade cega da existência. Para mim é a infância o verdadeiro apogeu da vida, sua fase mais plena, pois ainda vivemos em maior harmonia com nossos instintos e menos restritos aos protocolos de nossas personas sociais.
Com a fase adulta, ao contrário, a existência começa a perder o brilho e somos envolvidos pela teleologia vazia de nossos papeis sociais e pelos padrões culturais em que somos inscritos “em sociedade”.
Nesta etapa viver já não possui grande brilho e, de um modo geral, toda espontaneidade encontra-se perdida...

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