quarta-feira, 24 de agosto de 2011

PARA O ESTRANHAMENTO DE TODAS AS COISAS



“Quando é preciso despedir-se- Daquilo que sabemos conhecer e medir, é preciso que te despeças, pelo menos por um tempo. Somente depois de teres deixado a cidade verás a qual altura suas torres se elevam acima das casas.”
F. Nietzsche, in  HUMANO, DEMASIADAMENTE HUMANO

Despedir-se de si mesmo é como despir-se da própria persona , daquilo que somos entre os outros, vislumbrando o nada como essência do que todos os dias nos tornamos no devir do tempo...
Mas cabe considerar aqui que o tempo não é uma entidade abstrata e objetiva, mas uma condicionante da percepção humana das coisas.
O que somos dentro do tempo não é menos incerto do que o próprio conceito de tempo. Mesmo assim ele nos define a própria condição humana.
O que não nos impede de codificar a realidade  sem considera-lo como premissa ontológica, sem nos limitarmos aos caprichos de uma consciência egoica...
Tudo aquilo que nos parece familiar deve nos surpreender como algo estranho quando nos ocupamos  do pensamento como radical estratégia linguística contraria aos hábitos de codificação vigentes da realidade.... 

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